12 de jun. de 2011

Dia 12 de Junho, alem do dia dos namorados, é quando eu completo 1 ano e 6 meses de Pernambuco; essa terra que me acolheu, e que eu escolhi pra viver. Muitas coisas mudaram de quando sai de Brasília, digo não somente externamente com o chegar da idade; mudou principalmente a minha maneira de pensar a respeito de como eu sou e quem eu sou.
Mudaram também as ideias que fazia a respeito daqueles que me rodeavam, não no mal sentido. Enfim… To aprendendo muito, e sobre tudo estou agradecido por ter essa oportunidade, agradecido pelo carinho e apoio que recebo do meu amor.
Aprendi a sentir saudades e dar valor, ter medo do escuro, comer com as mãos e até fazer ovos poché.


Lições de 2011:

Olhar todo dia para o mar nem tem tanta graça assim.
Comer frutos do mar as vezes nem é opção.
Tomar cerveja é necessidade não diversão.
Balada cansa mais quando se tem 28 anos.
Um dia em casa namorando vale mais que 1000 festas da “vodka blush”.
Fumar é uma coisa tão inútil.
Porra, fumar é uma coisa tão útil.
20% de umidade relativa do ar é o paraíso comparado a 30 dias consecutivos de chuva, alagamentos e engarrafamentos.
Faz falta o feijão da minha Mãe.  

6 de mai. de 2011

Ainda vivo.

Bem, apesar de uma ausência assustadora, e algumas queimaduras adquiridas no meu trabalho novo (cozinheiro) estou vivo.
Muito vivo, são tantos planos e tantas conquistas que  penso,  sim, hoje se justificam meus 28 anos de vida e experiências. Tomei decisões, todos sabem, muitas delas difíceis.
 Mas é muito bom colher os frutos dessas decisões. E assim é a vida, as vezes se faz necessário sumir, outras mudar, e porque não se adaptar as marcas novas adquiridas nesse percurso? Mesmo que elas venham a doer um pouco, não são incuráveis, e sobre essas feridas nascem células novas e mais resistentes e delas nada resta.

22 de fev. de 2011

Sim, Brasília continua linda...
E mamãe e meus amigos... Matei só um pouquinho das saudades.
Tive uma sensação engraçada, pensei que ao chegar ficaria emotivo, mantegão mesmo, mas não. Tudo parecia tão igual e familiar que sentia  não ter saido da minha cidade.

Mas nem tudo são flores, mamãe realmente não está bem, e agora meu projeto é traze-la para Pernambuco, quero minha neguinha aqui comigo.

Tempo breve, saudade enorme.

4 de jan. de 2011

Jardineiro

Retira o meu melhor sabor, aquilo que inda me resta, antes que o frio me rasgue antes que sequem as folhas ou as pragas arraigadas de um passado renasçam e me consumam. Toque com suas mãos de milagre, repouse sobre mim o teu olhar e o teu cuidado. Rega minhas raízes e me fortalece, sou tua vide. Disseca-me ou refaz-me confio em ti, estou em tuas mãos. 

3 de jan. de 2011

Bom dia 2011 este sou eu!

Hoje eu sei quem eu sou, apenas uma pessoa normal cheia de anseios, alguem que caminhou nessa direção brigou ou não com o mundo em busca de uma identidade. Passei, passo e passarei por reconstruções e mais reconstruções, e a cada dia vivo intensamente as minhas verdades. “Combati o bom combate, terminei a carreira, guardei a fé...” (II TIMÓTEO 4:7) Tive mais inimigos internos que reais, como quem trava uma guerra a cada dia lutei contra minha inconstância imatura.

Em 2011 me encontro assim, ciente das minhas dificuldades e preparado para os desafios que sei que virão. Pois sei que junto com eles vem também as glórias e alegrias, o brilho da espuma feita pelas ondas, o calor e a brisa que me refresca nesses dias de Janeiro, desta maneira assumo a cada dia a postura de ser feliz, decisão que tomei muito tempo atrás, seja com 100 seja com 1 o que me importa hoje é ser quem eu sou. 

7 de dez. de 2010

BREVE NOTA

Não eu não morri apenas estou passando por uma fase em que preciso me ausentar das atividades do blog e de um todo virtuais. Pra não dizer das interpessoais.
Fim de semestre significa pra mim trabalhos extra.
São resenhas, artigos (MEDO). monografias (incontáveis) enfim, uma gama de trabalhos que aparecem simplismente pra formatar ou mesmo pra executar do início ou fim. Por isso estou sumidinho...
Em breve volto a ativa com vários posts novos.
E o primeiro deles com certeza será sobre a deficiencia do ensino superior de Olinda.
(risos)

17 de nov. de 2010

Doi quando cutuca!

Quando um texto é escrito ele pretende alcançar algum objetivo, seja ele meramente informativo ou que levante alguma questão polemica. Claro que quando sou eu quem faz o comentário, ele possivelmente vem carregado de verdades que julgo serem necessárias para a ocasião.
A ignorância é uma coisa que independe do grau de conhecimento de uma pessoa. A cada dia constato essa verdade, seja no trabalho, na rua ou ainda na família, digo isso com a propriedade de quem é espectador; existe a meu ver, uma pré disposição a ignorância reativa. Fato é que ela surge quando a ferida é cutucada, mesmo sem a intenção de assim fazer.
São resquícios de uma doença mal curada ou alguma culpa e ai vem à velha história da auto defesa. (o que é triste de fato).

9 de nov. de 2010

A inércia que me consome

Sim, deus sabe como isso me incomoda, e às vezes parece que a sociedade participa de alguma espécie de conspiração mirabolante pra me tirar do sério. Atualmente a nova maneira de me irritar é essa indecisão quanto ao Enem, cancela logo essa porcaria ou não!
E se cancelar, será que eu posso recorrer da decisão? Digo isso porque neste caso eu me sinto injustiçado, eu não fiz a prova amarela, e me sai muito bem por sinal, estudei bastante...  Que culpa tenho eu, e outros milhões de estudantes que não tiveram o azar de fazer uma prova cagada.
Coisas do dia a dia também me irritam muito, quando o ônibus não cumpre o horário ou itinerário, ou o transito está pesado e acaba a bateria do meu MP4, a TIM que insiste em  ficar fora do ar, quando a Velox cai, quando meu PC trava, ou quando aparece um cliente insuportável querendo plena atenção enquanto a loja está cheia.
Minha mãe já dizia quando eu tinha uns 5 anos: Quando você crescer ficará tão insuportável que não vai se agüentar, vai morar na montanha e vai virar ermitão.
Talvez eu seja tão chato assim, por conta dessa determinação da minha progenitora. Ou talvez eu seja apenas mais um “reclamão” desses inconformados de banca de revista, que reclamam de tudo e de todos.
  

8 de nov. de 2010

“deny me and be damned”

Algum tempo atrás observei essa frase em um trecho de um filme, que eu particularmente adoro, e que até poucos dias era o meu filme favorito. Acho que já falei sobre ele, ou foi meu amigo Léo Tavares, enfim não tem problema; mais importante é a referência: Hedwig and the Angry Inch. Escrito, dirigido e estrelado por John Cameron Mitchell (obs: um gato) enfim. Esse filme veio à memória por conta da sua adaptação recente para o teatro através da direção de Evandro Mesquita, o garoto Blitz, que hoje nem é mais garoto, (risos), que até agora segundo minha opinião pecou por apenas um ponto: a escolha de Paulo Vilhena como um dos atores principais do musical, já que na adaptação o personagem Hedwig é interpretado por dois atores ao mesmo tempo, Pierre Baitelli e Paulo Vilhena. Já a atuação de Pierre Baitelli, dizem as bocas malditas, que esta espetacular cênica e musicalmente falando.      
Mais importante ainda que John Cameron Mitchell, ser ou não bonito, ou quem faz o que no espetáculo que eu ainda não assisti por pura falta de oportunidade geográfica; é a frase título deste post. “deny me and be damned” que traduzido de forma tosca pelo Google tradutor, quer dizer: Negue-me e seja amaldiçoado. Pois este é o real objeto e intenção deste texto.
Essa frase colocada ao fim de uma “apresentação musical do fictício grupo” no filme, faz referência à visão de um deus cruel que pune aos seus fieis, filhos, através da condenação eterna, caso esse faça algo que difere das suas regras e fundamentos. Mais precisamente falando sobre sexualidade. Observando assim nem nos damos conta da proximidade em que nos encontramos desta realidade. Fato é que o cristianismo vivido no Brasil e no mundo nada mais é que a personificação deste princípio, não somente pelos seus fundamentos teológicos derivados da religião mais preconceituosa e determinista que existe, o judaísmo; mais pelos próprios executores e autoridades que são responsáveis pela propagação e manutenção desta religião.
Acredito que todos saibam das minhas origens, e por isso me sinto embasado tanto em conhecimento e discernimento para fazer essa analise, sim eu era um desses. Nascido criado e fundamentado nos princípios cristãos eu corroborava desses pensamentos e ao mesmo tempo era vítima deles.
Existia em mim um sentimento opressor que me empurrava de encontro a milhões de sentimentos naturais e inerentes a minha vontade.

No filme, Hansen, nome de batismo do transexual Hedwig que vive a divisão da Alemanha em 1961;  também vivenciava essa opressão, ouvia de diversas formas da figura de Jesus Cristo, dos seus feitos e de suas leis, desta maneira também se oprimia, até que da pessoa que ele menos esperava ouviu a melhor das definições que eu também já ouvi acerca desta figura histórica.  Em uma cena com sua mãe, Hansen diz: Jesus é bom! Sua mãe prontamente lhe responde: Não diga tolices... Ao que ele responde: Mas ele morreu para nos salvar. E finalizando ela retruca: Hitler também! Observando as características regionais, políticas e sociais no qual o filme esta inserido.
Mais importante do que o exemplo dado pela mãe do Hansen, é observar por meio desse as coisas que acontecem e as figuras que se levantam em nome de uma causa que a seu ver é válida e justificável, quantos genocídios ao redor do mundo aconteceram em nome dessas causas? Quantas determinações e exclusões já aconteceram e continuam a acontecer mesmo que de forma camuflada por uma ou outra denominação religiosa. São atrocidades que se fazem em nome de deus, um deus que eu desconheço; um deus que se fundamenta no terror psicológico, e que dissemina esse terror através dos fundamentos humanos, de quem quer justificar seus medos e tabus. 
“deny me and be damned...”

"Temos a arte para não morrer da verdade."
Nietzsche

4 de nov. de 2010

"E lá vamos nós... E lá vamos nós... E lá vamos nós, lá vamos nós, lá vamos nós..."

Todo caminho tem seus obstáculos, sejam eles grandes ou pequenos.  De tanto tropeços acabamos por nos acostumar com essa verdade gritante e vivaz, nossos caminhos levam a um destino que nem sempre é aquele esperado; contudo arcar com as consquências destas opções nos faz capazes de discernir melhor no futuro e, sobretudo nos torna dignos de uma nova tentativa. Como já disse antes, recomeçar e preciso e possível. Basta recolher os cacos deixados pelos caminhos. E se dessa história alguém sai ferido, não há remédio melhor que o tempo.  E lá vamos nós...