24 de jul. de 2010

Quem sou tu?


Ok, essa de personagem ta me deixando confuso. Agora quem é Thiago Bressa? Lembro que a principio o Bressa era como uma homenagem singela a minha avó paterna (todo mundo já sabe dessa história) e depois me serviu pra diferenciar os Thiagos na comunidade do Galleria.

E lá se vão quatro ou cinco anos dessa “brincadeira” de ter um sobrenome que não tenho, mas agora acredito que Thiago Bressa tenha se tornado um alter ego, e um mecanismo de defesa também, pois em casa não sou chamado assim, então tenho a real noção de que existe o Thiago Simões.

O que me confunde de fato são pequenas coisas, exemplo, mês passado fui ao oftalmologista, quando preenchi a ficha disse a atendente Thiago Bressa, na mesma hora me arrependi, mas fiquei com uma puta vergonha de dizer que não era Bressa.

Depois fiquei com muita vergonha por não ter dito.
É meio aquela velha história de que as “mentiras” quando ditas tantas vezes se tornam verdade. Outro caso é o blog, quando escrevo um conto ou uma poesia uso o Bressa pra assinar e assim me posiciono um tanto quanto distante, permitindo uma observação mesmo como crítica.
Mas esse distanciamento está se mesclando, quando escrevo misturo e uso do artifício Bressa de ser, mesmo quando estou descrevendo algo sobre meu dia a dia.

Ahaaaaaai. SACO
Eu sei quem sou o que devo fazer agora é me policiar mais pra não confundir aos outros e assim fica mais fácil.
Porque estou desconhecendo o tal Thiago Bressa.
kkkkkkkkkkkkkkkkk

19 de jul. de 2010

Orfeu da Conceição

Monólogo de Orfeu
Tragédia carioca
VINICIUS DE MORAES


Este é um dos trechos mais bonitos do primeiro ato da peça, em que Orfeu sobressalta-se quando Eurídice lhe diz "Até, neguinho. Volto num instante".
Orfeu tem um mau presságio, e pede à amada que não o deixe. Eurídice responde: "Meu neguinho, que bobagem! E' um instantinho só. Volto com a aragem..."



Orfeu: 
Ai, que agonia que você me deu
Meu amor! que impressão, que pesadelo!
Como se eu te estivesse vendo morta
Longe como uma morta...
Eurídice:

Morta eu estou.
Morta de amor, eu estou; morta e enterrada
Com cruz por cima e tudo!

Orfeu (sorrindo):

Namorada!
Vai bem depressa. Deus te leve. Aqui
Ficam os meus restos a esperar por ti
Que dás vida!
(Eurídice atira-lhe um beijo e sai). 
Mulher mais adorada!
Agora que não estás, deixa que rompa
O meu peito em soluços! Te enrustiste
Em minha vida; e cada hora que passa
E' mais porque te amar, a hora derrama
O seu óleo de amor, em mim, amada...
E sabes de uma coisa? cada vez
Que o sofrimento vem, essa saudade
De estar perto, se longe, ou estar mais perto
Se perto, - que é que eu sei! essa agonia
De viver fraco, o peito extravasado
O mel correndo; essa incapacidade
De me sentir mais eu, Orfeu; tudo isso
Que é bem capaz de confundir o espírito
De um homem - nada disso tem importância
Quando tu chegas com essa charla antiga
Esse contentamento, essa harmonia
Esse corpo! e me dizes essas coisas
Que me dão essa fôrça, essa coragem
Esse orgulho de rei. Ah, minha Eurídice
Meu verso, meu silêncio, minha música!
Nunca fujas de mim! sem ti sou nada
Sou coisa sem razão, jogada, sou
Pedra rolada. Orfeu menos Eurídice...
Coisa incompreensível! A existência
Sem ti é como olhar para um relógio
Só com o ponteiro dos minutos. Tu
És a hora, és o que dá sentido
E direção ao tempo, minha amiga
Mais querida! Qual mãe, qual pai, qual nada!
A beleza da vida és tu, amada
Milhões amada! Ah! criatura! quem
Poderia pensar que Orfeu: Orfeu
Cujo violão é a vida da cidade
E cuja fala, como o vento à flor
Despetala as mulheres - que êle, Orfeu
Ficasse assim rendido aos teus encantos!
Mulata, pele escura, dente branco
Vai teu caminho que eu vou te seguindo
No pensamento e aqui me deixo rente
Quando voltares, pela lua cheia
Para os braços sem fim do teu amigo!
Vai tua vida, pássaro contente
Vai tua vida que eu estarei contigo!

14 de jul. de 2010

Thiago Bressa também é cultura.

Está bem, eu não sou somente dos momentos trash como os de Stéfhany.
Semana passada, ( sexta e sábado ) fui assistir a montagem Dionísicas de Zé Celso Martinez, (uia) Thiago Bressa Também é cultura, pena que Recife ou melhor, o bairro de Peixinhos, não estava  preparado para tamanha subversão de conceitos e valores.

E ainda ouve uma nota dizendo...
  “Não recomendo as pessoas caretas assistirem, a não ser que estiverem dispostas a virada...” Hector Othon – ator, astrólogo. Falando a respeito do espetáculo.

Enfim qualquer coisa que eu disser aqui vai ser paráfrase da matéria do “Diário de Pernambuco” tirando os erros de português e ou concordância que existe ao longo de todo o texto, tal como os que existem na citação acima. (não me contenho).

Por isso coloco aqui o recorte da matéria, vale a pena ler e se tiver a oportunidade assistir aos espetáculos, eles estão em turnê.




I'm crazy

Arriscaria tudo pra ser feliz, e de fato tenho feito isso ao longo da minha história de vida. Quantas vezes eu larguei tudo pra tomar um novo rumo? Já fui chamado de louco, de anormal e hoje sou chamado de diferenciado por ter as noções ou falta de, que tenho. (risos) 

Pensando bem existe beleza na loucura de ser; loucos são felizes arriscam mais, se jogam mais e ainda tem a desculpa social de não terem a responsabilidade se algo não der certo. Saber da loucura alheia também me faz bem, porque eu penso que nem que seja por um momento que sou normal ou ao menos o mais normal dentre os malucos. 

Por enquanto planos traçados, objetivos definidos e possivelmente outra mudança repentina, detalhes disso compartilho apenas com uma pessoa, um carinha que ta sempre me acompanhando onde quer que eu vá, deus; pode ser em Brasília, Olinda, Maceió ou até São Paulo, porque não?! Ouvi dizer de um ótimo curso de cinema em Sampa. (risos) 

Ele sempre ta comigo e eu confio nele. 

Faço a minha lição de casa e aguardo.

12 de jul. de 2010

Perdão




Já perguntei a deus tantas vezes o porquê de suas misericordias alcançarem alguém que não é merecedor. Suas respostas a mim são mais e mais dádivas. Não digo daquelas que buscam em vão os fidelios da universal, mas daquelas documentadas na bíblia, amor, paz no coração, alegria e a possibilidade de voltar atrás, de recomeçar. Regozijo, pois porque hoje fui abençoado mais uma vez.   

Reconhecer um erro pra mim nunca foi problema, a grande questão sempre foi não cometer-los, também não creio que possa deixar de cometer erros por todo o sempre, mas não preciso ser tão veemente e repetitivo, tão pouco arrastar comigo tudo o que tem pela frente. 


Reprimir essa virulência pode e de fato é perigoso, preciso aprender a controlar e ou canalizar, ou ainda aprender a ouvir, mas ouvir de fato antes de pré julgar  ou me defender de algo que sequer existe
Tudo isso faz parte do crescimento,inclusive admitir. 


Mesmo ouvindo que não preciso pedir desculpas, deixo aqui as mais sinceras, e passo contigo uma régua não finalizando, mas passando para outro capitulo.




Perdão.