28 de jun. de 2010


Me desprendo tantas vezes das coisas que acredito que me torno ressonante, ecoando por entre vielas do que algum dia sonhei ser, labirintos confusos e infinitos, caminhos inacabados desse grande e complexo viver.
Lamento e me prendo a fugazes luzes que dançam diante de mim, e me deixo seduzir pelo seu brilho em meio à escuridão, mesmo sabendo que sua vida se extinguirá em pouco. Vivo o reflexo; repito as mesmices, permito execrando o tátil o real, e mais uma vez me atolo na lama que eu mesmo criei de lágrimas, dor e exagero.
E depois tento me limpar, tirar das entranhas o ardor me desprendendo outra vez, tanto que me esqueço dos caminhos que tracei, construindo outra viela igual em tudo, usando dos mesmos tijolos, sem me dar conta de ter o suficiente pra acabar...






 Quando vou aprender?

Nenhum comentário: